Tenho silenciado sobre o assunto da ruína de Palmeiras em
virtude de não estar sendo possível continuar a pesquisa no momento, além da
falta total de interesse e colaboração geral. Fora isto, nesta época do verão as temperaturas
são tão altas que o trabalho de campo torna-se muito mais difícil e pouco
efetivo. Espero poder voltar a levantar dados sobre o assunto, assim que chegar
o outono. No entanto deixo aqui uma conclusão da qual tenho pouquíssimas duvidas.
Trata-se do calçamento que aparece em desenho e fotos nas matérias abaixo. Tudo
indica que é um calçamento de fato, e não uma formação de basalto em disjunção colunar,
por acaso formada na horizontal perfeita. Afirmo isso porque em uma formação de basalto em disjunção
colunar os blocos que vão se desagregando, tem todos um perímetro transversal
similar , ou hexagonal, ou pentagonal, etc. No entanto o que vemos no calçamento
são blocos quase sempre com sua face plana para cima e de diferentes perímetros
transversais, que no entanto tem formas quadrangulares, e com afastamento quase
regular nos dois sentidos , o que nega totalmente a possibilidade de ser algo
natural. Lembro ainda que este calçamento estava a uns 2 m de profundidade,
portanto é algo bem antigo, de maneira alguma do período colonial . Quanto aos dois muros que foram
desmontados, um na frente e abaixo, e outro acima deste calçamento ,não podemos
ver nada por que suas bases foram reenterradas
e estão agora a um metro de profundidade, conforme relatou
testemunha que trabalhou ali. Ação proposital para esconder a destruição do
sitio. Algumas formações que vemos embutidas no barranco são formações naturais
do basalto sim e devem ter sido o que alguns viram e acertadamente disseram não
ser obra humana, logicamente, mas que confundiu todo o assunto. O levantamento
do remanescente do pavimento foi feito quando fomos a primeira vez e o mato
estava pouco crescido, lembrando que o pavimento também foi enterrado após ser
escavado como vemos na foto de 2003.